Quente é aqui onde estou. Nesse chão
Despejo meu suor, gota a gota. São
Como lágrimas de meu sal;
Como o sofrer de Portugal.
O indo e vindo de suas naus
Oceanos a fora; tormentas, glórias.
Homens ao mar; velas ao vento. Vitórias
À coroa e sangue e ais
aos desterrados. Mal
Te digo neste dia infernalmente caliente.
Jogai tuas esperanças em outras índias,
Outras rotas. Bem sabeis tu as perfídias
Que incutistes neste chão de gentis gentes;
Deuses convertidos; fé, roupas e genes.
Onde piso é quente, como de Tupã a ira.
Penélope SS
24-4-15 22h:58
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