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domingo, 24 de maio de 2015

Quente aqui como outrora

Quente é aqui onde estou. Nesse chão
Despejo meu suor, gota a gota. São
Como lágrimas de meu sal;
Como o sofrer de Portugal.

O indo e vindo de suas naus
Oceanos a fora; tormentas, glórias.
Homens ao mar; velas ao vento. Vitórias
À coroa e sangue e ais aos desterrados. Mal

Te digo neste dia infernalmente caliente.
Jogai tuas esperanças em outras índias,
Outras rotas. Bem sabeis tu as perfídias

Que incutistes neste chão de gentis gentes;
Deuses convertidos; fé, roupas e genes.
Onde piso é quente, como de Tupã a ira.


Penélope SS

24-4-15  22h:58

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