Poema moderno
Concorde
comigo quando lhe pedir um doce,
um lábio,
uma palavra.
Relutar
é perder o que temos de mais precioso: tempo.
Doce-paixão:
é tempo de olharmos ao redor de nós.
Doce-lírio
que ao longe me fala;
aos
ouvidos meus é chegada tua voz,
doce
como os anos pueris, primaveris;
Doce como
o riso-doce da menina
de
olhos vivos e cabelos longos
a dar
voltas em meus pensamentos.
Castiga-me
a saudade de teu mirar,
enquanto
apetecendo fico eu pelos corredores,
gastando
voz em vão, pelos vãos vazios
desse
imenso lugar tão cheio dos outros.
Concorde
comigo quando lhe pedir uma nota,
canção
de dois, poema teu e meu.
Torta minha
essa sina
de a
ti menina
entregar
meu pensar
sem
mais, nem medida certa.
Torto meu
caminho; poeta torto
e
solto em teus braços, ao que vier
lábio,
palavra, canção de dois,
pequena
grande mulher.
Penélope
SS
23-1-15 00h:38
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