Caro amigo Drummond, confesso-te:
é demasiado pesado o fardo
que carregamos. Nestes dias de desumanidade
é preciso ser muito mais que humano.
É preciso ser super-, hiper-,
para suportarmos a carga da vida.
Caro amigo Drummond, confesso-te:
a máquina
do mundo está gasta,
carcomida pela ferrugem amarga
da insensatez dos homens.
Caro amigo Drummond, confesso-te:
tenho as pupilas cansadas e o pensamento
distante.
Penso em minha amada Rocha Cavalcante;
é triste lembrar o passado, amigo,
pois o futuro nos traz o cansaço e uma cama
fria
para deitarmos à noite,
enquanto lá fora seguem os homens devorando-se.
Penélope SS
2-12-12
21h:01
Nenhum comentário:
Postar um comentário