Com carinho ao poeta Maiakovski
Atirei, Lília.
Efetuei todos os disparos possíveis,
contudo, o
amor ou a divina providência,
não permitiu
que extinguisse meus dias.
Atirei, Lília,
atirei.
Como posso eu,
nessas manhãs cinzentas de julho,
respirar o
aroma das ruas
sem o sabor da
tua presença?
Atirei, Lília,
atirei.
Ser poeta
apenas, não basta.
É preciso
morrer pelos braços hiperbólicos
da poesia ou
ser salvo
por tua
ligação dizendo “espere por mim”.
Atirei, Lília
amada, atirei.
E confesso
arrepender-me
de não tê-lo
feito antes.
AdrianoRockSilva
28-05-18 08h:52min
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