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sábado, 12 de maio de 2018

Perdi-me


Perdi-me;
e o fazê-lo avistei toda amplitude
contida dentro do que sou.
Então me perder foi a melhor saída
possível dentro do caos uterino
que devastava minh’alma;

Tola risonha que ao buscar
cada vez mais se afasta;
Eu, uma criação fantasiosa
cheia de poeira estelar e aroma de Vênus,
vagando pelos devaneios de Clarice
e todos os outros desbravadores da alma.

Eu, uma equilibrista nas palavras
de Pessoa e Shakespeare,
sem equilíbrio algum para discernir
entre o raiar e o anoitecer.
Eu, nas palavras do poeta,
uma Montanha Alta
com medo de olhar para baixo.

Perdi-me
dentro do recôndito e lá casulo fiz.
  
AdrianoRockSilva
11-05-18  23h:57   

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