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quinta-feira, 15 de junho de 2017

Poeta sentado

Poeta sentado


Entre amores e flores, segue
O poeta com suas dores. Ergue
E desmancha seus castelos.
São e enfermo: elos de Otelo.

Entre dias e noites; corredores
Intermináveis, segue por açores
Continentais, na busca infindável
Pelo inefável sopro da musa. Instável

Equilíbrio por entre as horas, longas
Por demais, no ir e vir do pulsar; delongas
E mais delongas. Entre tudo que se passa

Com os demais, o poeta mira sempre na graça
Do que não se toca; nos gestos mudos, e acha
Reais os aplausos distantes ouvidos na praça.


Penélope SS
14-6-17  00h:16  


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